.:::: Eh tudo nosso ::::.

é. tou escrevendo aqui do além. ha ha  -.-‘

bom, parece que meu período de férias acabou. o dono dessa bagaça me cobrou e eu estou aqui pra satisfazer vocês com uns semi-risos de coisas semi-engraçadas.

podem parar com os flashes, eu estou bem. é só que eu passei um tempo em manaus e as coisas por lá são um tanto diferentes daqui (considerando que eu moro em pernambuco, obrigada). sendo assim, resolvi que seria de bom proveito dar pra vocês algumas dicas do que fazer na capital do amazonas, ou seja, um manual de sobrevivência na selva.

1. manaus é a capital do amazonas, mas tem cara do interior do interior do seu estado de onde você veio.

2. as pessoas odeiam ser chamadas de índio, mas que se fodam, elas são. pra mim, pior do que ser índio é ser índio e não gostar de ser índio. então, em um simples passeio pelo centro da cidade, você vai encontrar muita gente com cara de índio cheio de maquiagem e cabelo pintado de loiro. tem coisa mais bizarra?

3. sim, tem coisa mais bizarra. índio emo. pqp, naquela terra tem muito tupi-guarani-mimimi, com franjinha no olho e os draminhas de sempre, só que com cara de índio. e, por experiência própria, eu aconselho não rir na cara deles, pode ser que eles sejam canibais ou algo do tipo. é uma espécie não estudada, então todo cuidado é pouco.

4. em geral eles falam português, mas você terá que conviver com palavras como tacacá, buriti, carapanã, jambú, rejucupi, tajicó, etc. não adianta tentar falar como eles, é uma mistura de tupi com chinês carioca, isso tudo misturado a fonemas desconhecidos. e isso são coisas que nós, caras-pálidas, não conseguimos reproduzir.

5. durante duas horas inteiras eu tentei explicar a um índio amigo que o que eles chamam de praia na verdade é a beira do rio. bom, é claro que eu desisti quando ele me ameaçou dizendo que fazia parte de uma tribo canibal.

6. em manaus, só existem duas previsões do tempo possíveis: calor-inferno-do-judas ou chuva-dilúvio-fudeu. é simples, ou você está derretendo ou você está se afogando, sempre.

7. muito provavelmente existe uma lei decretando que para cada cem mil habitantes só existe um supermercado. isso quer dizer que se o mercado mais próximo da sua casa vende uma lata de coca-cola por quatro reais, você tá muito fudido, porque o próximo mecado fica a cento e vinte quilômetros e você não vai querer arranjar problemas com a tribo vizinha.

8. você pode estar muito acostumado com gato, cachorro ou passarinho como bichos de estimação. mas na querida manaus, você vai encontrar pessoas passeando com suas capivaras e iguanas. você tem que parar para alisar a porra do bicho e ainda dizer “oohhnn, que coisinha mais cuti-cuti môdeus!”, e é óbvio que você vai fazer isso por pura educação e não porque o dono do bicho está com um arco e flecha com a cara mais hostil que um índio pode fazer.

9. quando você pensa em amazonas, qual a primeira coisa que você lembra? índios vivendo na beira do rio. agora sigam o raciocínio: amazonas = índio = água = rio = peixe = SUSHI. não, meus caros leitores, essa é só mais uma lógica que não funciona em manaus. mesmo com o maior rio do mundo e uma das faunas aquáticas mais previlegiadas desse planeta, o rodízio de sushi mais barato de lá custa sessenta reais. eu disse ses-sen-ta re-ais. ah, meu, vão todos se fuder esses índios americanos capitalistas!

10. no meio dessa selva cidade, existe um pedaço de paraíso chamado manauara shopping. ao invés de tangas, açaí e calor-inferno-do-judas, lá você encontra roupas, nuggets e ar condicionado. não é verdadeiramente o paraíso, mas eu garanto que é o mais perto de civilização que você pode chegar. se você for suficientemente inteligente, você vai passar todos os dias das suas férias lá dentro. sério.

é isso, gente, guardem com carinho essas dicas preciosas de como passar uns quinze dias em manaus. galera, eu disse quinze dias, ok? se você pretende passar mais tempo do que isso, esqueça todo esse manual e preste atenção apenas à próxima dica: NÃO VÁ!

obg []’s

enyla